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Painel de Degustação: Tops Californianos 2004, 2005 e 2006, revelando a magnitude dos blends baseados na Cabernet Sauvignon!

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Califórnia: aqui a Cabernet Sauvignon também impera...

Em mais um painel de degustação da Desconfraria colocamos à prova nove ótimos vinhos da Califórnia (safras 2004, 2005 ou 2006), a maioria deles do Napa Valley, onde a Cabernet Sauvignon exerce um papel preponderante e destacado.

Com exceção da presença de um vinho 100% Merlot da safra 2004, os demais rótulos presentes no painel tinham em comum o fato de serem majoritariamente elaborados com a CS, muitos deles "temperados" com porções de Merlot, Cabernet Franc e Petit Verdot, como é usual em Bordeaux, a referência óbvia para esses vinhos.

Colocados lado a lado, no habitual modelo "duplo cego" (desconhecimento prévio dos rótulos e ordem das taças embaralhada para cada participante), os vinhos se apresentaram dentro do esperado, com grande qualidade de taninos, bastante presença de madeira nova (mas bem integrada) e nível de acidez capaz de equilibrar com precisão o vigoroso corpo presente em todos eles.

Avaliados um a um, a preferência acabou recaindo no mesmo vinho que já havia vencido a disputa no ano anterior, o excelente David Arthur 2005. Apesar do ganhador deste painel ter sido do Napa Valley, maioria entre os participantes, ele foi seguido nas preferências por um vinho de Santa Cruz (2º lugar) e um de Sonoma (3º lugar). Veja como ficou a classificação dos vinhos, do 8º para o 1º lugar, e compare com as avaliações da crítica especializada:

9º lugar: Merus Cabernet Sauvignon 2006 (RP92/WS91)
100% CS - 15,4% de álcool

8º lugar: Paul Hobbs Stagecoach Vineyard Napa Valley CS 2006 (RP90/ST94)
100% CS - 14,9% de álcool

7º lugar: Duckhorn Napa Merlot 2004 (WE90)
95% Merlot, 5% Cabernet Franc - 13,5% de álcool

6º lugar: Outpost True Vineyard CS 2005 (RP92)
100% CS - 14,5% de álcool

5º lugar: Dominus Napa Valley 2005 (RP95/ST94)
92% Cabernet Sauvignon, 5% Cabernet Franc e 3% Petit Verdot - 14,1% de álcool

4º lugar: Joseph Phelps Insignia 2006 (RP95+/WS94)
95% Cabernet Sauvignon e 5% Petit Verdot - 14,5% de álcool

3º lugar: Benziger Tribute 2006 (WS88)
Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot e Petit Verdot

2º lugar: Ridge Vineyards Santa Cruz Mountains 2006 (RP91)
56% Cabernet Sauvignon, 42% Merlot e 2% Petit Verdot - 13,7% de álcool

1º lugar: David Arthur Cabernet Sauvignon 2005 
(curiosamente sem nenhuma avaliação relevante)
98% CS e 2% Petit Verdot - 14,5% de álcool

O próximo painel de degustação da Desconfraria, cujo tema é Margem Esquerda de Bordeaux (St-Julien x Margaux) das safras 1999 a 2001, será certamente ainda mais interessante que este, afinal estaremos degustando direto na "fonte", onde a Cabernet Sauvignon iniciou seu reinado pelo mundo. Aguardem!


Adegas Fantásticas: Veja 10 magníficos projetos para armazenar e vender vinhos em alto estilo!

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Mistral Wine e Champagne Bar - São Paulo - Brasil
Algumas são super requintadas e com aparência high tech, outras são como bunkers ou cofres que guardam um grande tesouro. De um modo ou de outro, essas adegas apresentadas a seguir, retratam fielmente a grande paixão e cuidado que o homem tem por seu precioso líquido fermentado de uvas.

Nada melhor do que começar essa seleção de adegas com a inovadora e bela loja e wine bar da Mistral dentro do Shopping JK. O projeto do Studio Arthur Casas dispõe numa área de 100 m2, espaços elegantemente curvos onde existem a loja de vinhos, um wine bar e a adega propriamente dita. 

Restaurante Le Cirque - Nova York - EUA
O restaurante Le Cirque de Nova York foi inaugurado originalmente em 1974 dentro do Hotel Mayfair, mudando-se em 2006 para o local atual, o Bloomberg Building na East 58th Street. Projetado por Adam Tihany e Costas Kondylis, ele possui um amplo salão de onde todos os clientes podem apreciar a magnífica adega de cerca de 9 metros de altura. 

Park Hyatt Hotel - Chicago - EUA
Outra deslumbrante adega instalada dentro de um restaurante de hotel, no caso, o Chicago Park Hyatt.

The Queens Lane Wine Silo et Shop - Wyoming - EUA
Localizada em Jackson, no Wyoming, essa adega projetada pelo escritório Carney Burke Logan Arquitetos seguindo o estilo dos abrigos de madeira dos parques nacionais dos EUA. Como a loja fica dentro da planície de inundação do rio Snake, seria muito arriscado fazer uma adega subterrânea convencional. A solução foi construir uma em forma de escada espiral que se prolonga até o teto do edifício.

Panorama geral do restaurante Angel Wine Tower no Radisson SAS Hotel - Londres - Inglaterra
Uma "wine angel" em ação no interior da adega
O principal atrativo do Angel Wine Tower Bar, no Radisson Hotel do complexo do aeroporto de Stansted em Londres, é sua imponente adega vertical feita de vidro e o método de retirada dos vinhos em seu interior. As "wine angels" escalam as paredes da adega e buscam o vinho desejado pelo cliente fazendo todo tipo de acrobacias.

Weinhandlung Kreis - Stuttgart - Alemanha
Na loja de vinhos Weinhandlung Kreis estão exibidas 12.000 garrafas de vinho dentro de gaiolas de aço pintadas nas cores do arco-íris. Projetada pelo estúdio local Furch Gestaltung + Produktion, cada cubo de aramado contém 25 garrafas de vinho.

Modern Pacific Heights - San Francisco - EUA
Projetado pelos arquitetos da Butler Armsden, esta adega digna da era espacial encontra-se escondida dentro do porão de uma casa tipica da arquitetura de San Francisco. A adega de vinhos foi construída com aço inoxidável e acrílico para dar uma impressão de "porão sem fim", sugerindo uma oferta "infinita" de vinho.

Adega de Jamie Beckwith - Tennessee - EUA
Esta adega feita num estilo marroquino repleta de neon azul é fruto da mente do designer Jamie Beckwith. Totalmente iluminada por leds e com um teto transparente, ela fica dentro de uma mansão de sete quartos e 2.398 m2 que pertence ao autor.

Cricova Winery - Moldávia
A vinícola Cricova abriga a segunda maior adega de vinhos da Moldávia, ostentando 120 km de galerias que abrigam aproximadamente 1.250.000 garrafas de vinhos datados desde 1902. Esses túneis que abrigam a coleção de vinhos parecem existir sob a cidade de Cricova desde o século 15, quando o calcário da região foi usado para a cidade de Chişinău, sendo convertida em adega de vinhos em 1950. Apelidada de "cidade do vinho", ela possui salas de degustação e instalações de armazenamento que chegam aos 100 metros de profundidade.

Milestii Mici - Moldávia
Também instalada na Moldávia, Milestii Mici é oficialmente a maior adega de vinhos do mundo, com caves subterrâneas que abrigam mais de 1,5 milhão de garrafas de vinho dentro de seus vastos 55 km de túneis subterrâneos. A primeira garrafa foi armazenado ali em 1968 e a cada ano novas safras são adicionadas neste verdadeiro labirinto vínico.

Fonte: traduzido e adaptado de The Drinks Business

Vinhos Inesquecíveis: López de Heredia Viña Tondonia Gran Reserva Tinto 1970!

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Esse merecia ter a garrafa emoldurada...

Como poderíamos descrever um vinho inesquecível? Parece fácil, bastaria encher o texto de adjetivos superlativos e pronto, seríamos capazes de externar com clareza tudo aquilo que sentimos ao degustar tal vinho. Mas isso está muito longe da realidade, talvez seria melhor nem tentarmos fazê-lo, sob pena de faltarem palavras justas...

Correndo o risco de não ser preciso e apenas com o intuito de dividir e perpetuar alguns vinhos bastante especiais que, às vezes, passam pela minha taça, escolhi esse admirável e clássico vinho da Rioja, o Tondonia Gran Reserva Tinto 1970, para abrir essa coluna dentro do blog Vinhos e Mais Vinhos.

Vertical de Tondonias Gran Reserva 1934-1976

A centenária Viña Tondonia está situada num dos terrenos mais privilegiados da Rioja, na margem direita do rio Ebro, nos arredores da pequena cidade de Haro. Dali saem as uvas para a produção do Tondonia Gran Reserva, uma das maiores joias da vinícola López de Heredia, que só é elaborado em safras realmente excepcionais como as de 1994, 1985, 1976, 1970, 1968 e 1954, sendo reconhecido mundo afora como um dos mais célebres vinhos desta tradicional denominação de origem espanhola. 

Particularmente no caso deste Tondonia Gran Reserva 1970, ele mereceu do crítico Robert Parker, conhecido por adorar vinhos muito encorpados e frutados, nada menos que 97 pontos, a maior nota já atribuída por ele para uma safra deste vinho.

Independente de todo esse reconhecimento, o que torna esse vinho realmente inesquecível para mim é sua capacidade de nos transportar para uma era vinícola que praticamente não existe mais, onde as soluções tecnológicas que vem sendo adotadas na vinificação há pelo menos três décadas ainda não existiam. Imagine elaborar um vinho cujo único método de controle de temperatura disponível durante o processo de fermentação era "abrir as janelas da vinícola", nas palavras de Maria-Jose López de Heredia.

O resultado prático desse vinho liberto na taça é algo quase indescritível, tamanha a complexidade comprimida na garrafa ao longo de seus 44 anos de vida. Uma paleta completa de aromas de evolução surgiram desde o momento de sua abertura: café expresso, couro, tomilho e ligeiros traços de madeira velha e caramelo queimado, que se sucederam e se mesclaram pelas quase duas horas que levei para consumi-lo.

O que dizer do vinho no paladar? Como disse no início desse texto, faltam palavras em meu vocabulário capazes de precisar tais sensações: frescor, amplitude, riqueza, complexidade e elegância são óbvias demais. Vou deixar para a imaginação de cada um que já degustou vinhos assim, pensar nos adjetivos que daria para "obras de arte vínicas" como esse Tondonia GR 1970. O final de boca? Esse continua ainda presente na minha memória enquanto escrevo essas linhas... Inesquecível, nada mais!

Antes que alguém me pergunte se havia uma razão especial para abrir uma garrafa tão preciosa, confesso que depois de beber praticamente todos os vinhos ainda produzidos por esta vinícola, especialmente alguns tintos Gran Reserva das safras 1994 e 1985, faltava-me ir além e degustar aquele que "parece" ser o ápice da magnífica história vínica da López de Heredia. Acho que só terei certeza depois que degustar outras garrafas direto da fonte, algo que espero poder fazer daqui há alguns dias quando estiver visitando a região onde ele é produzido...

Para quem desejar conhecer mais sobre esse vinho tão especial, basta ler sobre todos os atributos de sua rigorosa e quase artesanal elaboração, descritos na ficha técnica (em PDF) fornecida pela López de Heredia:


Painel de Degustação: Margaux e Saint-Julien 1999 a 2001, quando a verdade aparece na taça e não no rótulo!

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Margaux e Saint-Julien: Nem sempre o resultado corresponde ao pedigree do rótulo...

Observando o mosaico fotográfico acima, onde estão dois vinhos 2emes Crus Classés, três 3emes Crus Classés, quatro 4emes Crus classés e mais um segundo vinho de um 2eme (Clos du Marquis, de Leoville Las Cases), a classificação final dos vinhos neste painel de degustação da Desconfraria (do 10º, no alto, à esquerda até o 1º, abaixo, à direita) poderia até parecer improvável, mas foi assim que ele se configurou. O  Château Talbot 2000, 4eme de Saint-Julien levou a melhor. 

No meu modo de ver, esse resultado um tanto desproporcional (em teoria) se deveu muito mais pela grande qualidade, quase uniforme, dos vinhos degustados, do que por um algum predomínio de qualquer um dos vinhos. Até a última rodada de votações o equilíbrio entre as preferências dos degustadores foi claro.

Confesso que assistir o Léoville Las Cases 2001 ser o primeiro "eliminado" do painel me causou muita surpresa, saindo depois de um "empate" com o Léoville Barton 2000 (o mais pontuado do painel junto do Palmer 2000). Porém, mais surpresa ainda foi ver um dos três Talbots 2000 (único vinho repetido do painel) chegar em primeiro lugar, depois que os outros dois ficaram em 7º e 8º lugares, respectivamente. Diz o ditado: "Há garrafas e Garrafas..."!

Coisas assim, só costumam ser vistas em degustações às cegas e onde o alto nível dos vinhos os torna tão próximos e quase sem defeitos perceptíveis. Mesmo que alguns desses vinhos pudessem não estar completamente "prontos", isso não bastaria para justificar o resultado. Metaforicamente, seria como escolher uma classificação "perfeita" para as 10 melhores músicas dos Beatles ou a mais bela entre 10 Misses Universo, por exemplo.

Veja os detalhes de cada um dos vinhos e tire suas próprias conclusões:

10º lugar: Château Léoville Las Cases 2001 - 2eme St-Julien (RP93/WS94)
69% Cabernet Sauvignon, 19,5% Merlot e 11,5% Cabernet Franc - Consumo: 2011-2030

9º lugar: Château Léoville Barton 2000 - 2eme St-Julien (RP95/WS97)
72% Cabernet Sauvignon, 20% Merlot e 8% Cabernet Franc - Consumo: 2018-2040

8º lugar: Château Talbot 2000 - 4eme St-Julien (RP93/WS93)
66% Cabernet Sauvignon, 24% Merlot, 5% Cabernet Franc, 3% Petit Verdot e 2% Malbec
Consumo: 2010-2022

7º lugar: Château Talbot 2000 - 4eme St-Julien (RP93/WS93)
66% Cabernet Sauvignon, 24% Merlot, 5% Cabernet Franc, 3% Petit Verdot e 2% Malbec
Consumo: 2010-2022

6º lugar: Clos du Marquis 2001 (RP89/WS90)
57% Cabernet Sauvignon, 38% Merlot, 3% Petit Verdot e 2% Cabernet Franc
Consumo: 2009-2016

5º lugar: Château Palmer 2000 - 3eme Margaux (RP95/WS97)
47% Cabernet Sauvignon, 47% Merlot e 6% Petit Verdot - Consumo: 2010-2035

4º lugar: Châteaux Kirwan 2001 - 3eme Margaux (RP90/WS91)
55% Cabernet Sauvignon, 21% Merlot, 15% Cabernet Franc e 9% Petit Verdot
Consumo: 2008-2019

3º lugar: Château Branaire-Ducru 2000 - 4eme St-Julien (RP 94/WS92)
70% Cabernet-Sauvignon, 22% Merlot, 4% Cabernet Franc e 4% Petit Verdot
Consumo: 2010-2030

2º lugar: Château Palmer 2001 - 3eme Margaux (RP93/WS94)
51% Cabernet Sauvignon, 44% Merlot e 5% Petit Verdot - Consumo: 2011-2033

1º lugar: Château Talbot 2000 - 4eme St-Julien (RP93/WS93)
66% Cabernet Sauvignon, 24% Merlot, 5% Cabernet Franc, 3% Petit Verdot e 2% Malbec
Consumo: 2010-2022

Enoturismo: Wine Bar dedicado ao vinho Chianti é aberto em Florença!

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Eis aqui uma boa dica para quem estiver pensando em visita a bela Toscana: acaba de ser inaugurado no centro de Florença, no primeiro andar do Mercato Central Firenze, a Enoteca Chianti Classico, um wine bar único em seu gênero, dedicado exclusivamente a uma denominação de origem (no caso, uma DOCG), que ficará aberto durante todo o ano, das 10 da manhã até a meia-noite, para atender os "sedentos" por esse emblemático vinho italiano.

Cercado por boutiques, um restaurante, uma escola de culinária e uma livraria, a Enoteca Chianti Classico é o único lugar com serviço de vinho no mercado, oferecendo mais de 2000 rótulos e capacidade para atender 500 pessoas por dia.


Essa Enoteca se destaca como a primeira grande operação da Chianti Classico Company, um desdobramento do Consorzio del Vino Chianti Classico criado para lidar com projetos especiais como esse.

Sergio Zingarelli, presidente do Consorzio disse que: "A partir de hoje, no coração da cidade, há um ponto de referência para a excelência enológica do Chianti dedicado a todas as pessoas: especialistas, aficionados florentinos e visitantes italianos e estrangeiros."

Fonte: The Drinks Business

Brasil Sabor: Festival que reúne mais de 400 restaurantes dá destaque aos vinhos brasileiros!

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Começa hoje, 1º de maio, e se estende até o dia 18, mais uma edição do festival Brasil Sabor, evento gastronômico que congrega mais de 400 restaurantes pelo Brasil. Pela primeira vez, numa parceria entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), os vinhos brasileiros terão destaque especial no evento, com 54 vinícolas envolvidas na ação.

O slogan do evento, que ocorre em 22 estados e no Distrito Federal é "O Brasil Inteiro Pedindo Mais Um" e faz alusão às refeições com apelo na culinária local e, nesta edição, aos vinhos elaborados no país. O gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini, destaca que o Ibravin e a Abrasel têm intensificado as parcerias para aumentar a comercialização de vinhos brasileiros nos restaurantes.

Em três estados o festival terá datas alternativas à programação oficial. No Amazonas, o Brasil Sabor ocorre de 6 a 18 de maio, no Espírito Santo vai de 17 a 31 e no estado de Tocantins de 15 a 31 de maio. As seccionais da Abrasel do Distrito Federal e de Minas Gerais já confirmaram a prorrogação do Brasil Sabor até o final de maio. 

Serviço:
9º Festival Brasil Sabor                
Tema: O Brasil inteiro pedindo mais um               
Data: 01º a 18 de maio. 
*Em algumas cidades o festival se estenderá até o dia 31 de maio. Consulte o site e verifique a data de realização em sua cidade. Informações: www.brasilsabor.com.br                
Vinícolas brasileiras cadastradas para participar: 54
Empreendimentos com vinhos brasileiros nas cartas: 400, até o momento

Foto: Gilmar Gomes
Fonte: Assessoria de Imprensa Ibravin

Conheça o vinho mais barato a receber 100 pontos de Robert Parker!

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Seria possível imaginarmos um vinho que tenha recebido 100 pontos de Robert Parker e que custasse menos de 10 euros (garrafa de 375ml)? Até pouco tempo atrás eu mesmo consideraria isso quase impossível de acontecer! Mas eis que surge um vinho espanhol de uma denominação não muito badalada e derruba essa improbabilidade... 


O vinho em questão é o Alvear Pedro Ximenez da Añada 2011, um vinho bastante doce e xaroposo de Montilla-Moriles, zona vizinha a também pouco prestigiada Jerez, na Andaluzia. Uma grande surpresa, sem dúvida, ainda que em outras ocasiões Parker já tenha concedido altas pontuações para vinhos da região, mas sempre para os vinhos de Solera, como o 1927, cuja pontuação chegou aos 96 pontos.

Nas palavras de Parker: "Alvear’s 2011 Pedro Ximenez de Anada is the most amazing Pedro Ximenez I have ever tasted. It may also be one of the first to be vintage-dated. The grapes were hand-harvested in September, then allowed to dry in the sunshine until they began fermentation, which is ultimately arrested by the addition of spirits. The wine spent six months in large American oak prior to being bottled. It is an amazing effort that looks like molasses. Notes of macerated figs, chocolate and caramelized tropical fruits emerge from this full-bodied, unctuously-textured wine. While sweet, it has enough acidity to balance out its richness. This astonishing 2011 Pedro Ximenez will last as long as any reader of this newsletter. 100 points!"

Traduzindo seria algo como: "O Alvear Pedro Ximenez de Añada 2011 é o mais surpreendente PX  que já degustei. Ele pode ser um dos primeiros a ser declarado como um Vintage. As uvas foram colhidas à mão em setembro e postas para secar ao sol até que começassem a fermentar, e que em última análise é interrompida pela adição de aguardente. O vinho passou seis meses em grandes tonéis de carvalho americano antes de ser engarrafado. Um grande esforço que  criou algo que lembra melaço. Notas de figos macerados, chocolate e frutas tropicais caramelizadas emergem dele. Este vinho possui um textura encorpada e untuosa. Mesmo bastante doce, ele tem acidez suficiente para equilibrar tamanha riqueza. Este surpreendente PX 2001 vai ficar muito tempo na memória dos leitores desta newsletter. 100 pontos!"

Como estou coincidentemente percorrendo algumas regiões vinícolas da Espanha, vou procurá-lo para provar, mas pelo visto vai ser mais fácil comprá-lo no Brasil que por aqui, já que as pesquisas que fiz na internet só dizem: "agotado". Assim que tiver a oportunidade, tecerei minhas considerações sobre, mas baseado na minha antiga afeição pelos Soleras da Alvear, tenho certeza de que irei apreciá-lo bastante.

20 dias em 5 anos... Vinhos e Mais Vinhos fez uma breve pausa mas não parou de pesquisar!

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Enquanto descansava dos posts quase diários no blog, visitei algumas regiões vinícolas da Espanha e França para compartilhar com todos vocês...

Pela primeira vez em 5 anos de existência do blog Vinhos e Mais Vinhos e ao longo de mais de 3.750 posts publicados, precisei parar por meros 20 dias para descansar os dedos do teclado, mas isso não significou que fique "à toa" em relação ao mundo do vinho. Na verdade, qualquer enófilo que circular pelas regiões da Espanha e da França teria dificuldades em fazê-lo mesmo que quisesse.

Comecei a viagem devagar, saboreando a rica enogastronomia de Madri, Valência e Barcelona, mas ao chegar na região da Rioja (entre Haro e Logroño), atravessar a fronteira da França para visitar Bordeaux (Medóc e St-Émilion) e finalizar com uma passagem pela Ribera del Duero, as coisas se aceleraram bastante até o final da viagem.

Relance do agitado Mercado San Miguel em Madri

Cronologicamente, ao longo das próximas semanas, irei compartilhar com vocês cada uma das descobertas que fiz ao longo desses dias. Espero que a espera tenha valido a pena! 

O primeiro post será sobre o eclético mercado San Miguel, no coração de Madri, um lugar perfeito para "tapear" e provar tudo que há de melhor na enogastronomia espanhola. A seguir...


Direto de Madri: Deguste o efervescente burburinho enogastronômico do Mercado San Miguel!

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Mercado San Miguel: um edifício centenário que se transformou no mais cobiçado ambiente gastronômico de Madri...

Quem vê esses espaços vazios não pode imaginar a agitação que eles ganham quando estão em pleno funcionamento...

Passados nove anos desde minha última visita a Madri, qual não foi a minha (boa) surpresa ao encontrar esse tradicional mercado da cidade totalmente renovado e apresentando uma revigorada proposta de interação com seus clientes.

A ilusória aparência de um mercado tradicional, dividido em quiosques que vendem frutas, verduras, carnes e outros produtos culinários, logo se dissipa à medida que circulamos pelos corredores lotados de gente em busca de boa comida e bebida. 

Neste novo Mercado San Miguel as pessoas, sobretudo turistas, interagem com os boxes da mesma maneira que fazem nos bares de tapas e pintxos espalhados pela cidade, desfrutando de todas as delícias enogastronômicas que a Espanha tem para oferecer. 

Wine Bars: desde uma simples "copa" de vinho branco ou cava para refrescar até uma "botella" do ícônico Vega Sicilia...

Aproximando o olhar para o vinho, nosso tema mais específico, o Mercado San Miguel é um verdadeiro paraíso para qualquer enófilo: uma oportunidade única para provar os mais variados estilos de vinhos espanhóis e harmonizá-los com a gastronomia local. Você poderá beber praticamente de tudo por lá, até mesmo fazer um mini-curso com vinhos de Jerez, uma das regiões mais interessantes e menos conhecidas (e por causa disso, menosprezadas) do país.

Em que outro lugar você poderia beber um Vega Sicilia 1917 no balcão?

Cabem apenas algumas ressalvas para os enófilos mais exigentes: tudo por lá é informal, o vinho é sempre servido em boas taças, na temperatura correta e por preços razoáveis, mas não espere muito sossego ou conforto. Praticamente não há onde sentar e o intenso burburinho e mistura de aromas circulando pelo ar devem ser sublimados. Relaxe e curta a experiência!

Detalhe de uma fila de maravilhosos Tondonias antigos servido de mera decoração nos wine bars

Um último aviso: não se assuste em ver grandes garrafas de vinho como essas "enfeitando" os balcões e prateleiras dos quiosques. Parece que os espanhóis tem o "estranho" hábito de colecioná-las com o conteúdo dentro...

Direto de Madri: Harmonizando com o famoso "cochinillo" do Botin, o restaurante mais antigo do mundo!

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Restaurante Botin, desde 1725 saciando a fome com "assados" de todos os tipos...

Dizem que visitar Madri e não experimentar o legítimo "cochinillo" preparado no forno a lenha do restaurante Botin, é como visitar Roma e não ir ao Vaticano para ver o Papa. Da última vez que estive por lá, diante dos protestos de minha esposa, que acha um "crime" comer esses porquinhos desmamados aos 21 dias, acabei cedendo a tentação de prová-lo. Desta vez, não teve jeito...

Cochinillos prontos para serem servidos...
direto do forno à lenha!

Depois de uma breve espera nosso grupo foi conduzido pelo maître direto para o interior da cozinha (será que nós é que mataríamos o nosso porquinho?), apenas para pegar um estreito atalho para uma saleta anexa ao salão de entrada (invariavelmente, a casa fica lotada...) e nos acomodar na mesa.

Mal olhamos o menu e já estava decidida a pièce de résistance, cochinillo asado! Restava apenas escolher o vinho ideal para acompanhar esse prato na carta do restaurante (veja em PDF abaixo), repleta de ótimos vinhos espanhóis.

Estabelecida a faixa de preço que estávamos dispostos a pagar, até uns 60 euros, comecei a questionar nosso garçom sobre as características gustativas do cochinillo, descrito como sendo uma carne tenra, coberta com uma pele crocante e caramelada (como o nosso pururuca) e praticamente sem temperos adicionais. Um prato rústico, focado apenas no sabor e textura únicos de sua carne...

O escolhido: La Rioja Alta Gran Reserva 904 2001

Escolhe daqui, escolhe dali e chegamos a um consenso! Elegemos um vinho elaborado dentro do perfil clássico da Rioja, a mais tradicional das zonas produtoras da Espanha. O La Rioja Alta Gran Reserva 904 da excepcional safra 2001 foi uma escolha certeira, tão boa que o degustamos mais duas ou três vezes ao longo de nossa viagem pelo país. 

Repleto de frescor, com taninos bem polidos e madeira perfeitamente integrada, o GR 904 fez um belo par para o cochinillo, quebrando sua leve camada de gordura sem interferir em sua suculência e limpando o palato para o próximo naco de carne, oferecendo uma combinação equilibrada e muito prazerosa.

Analise a carta de vinhos do Botin e me diga: qual outro vinho você imagina que iria bem com esse prato? 



Vila Viniteca, mais uma loja paradisíaca a ser visitada por enófilos na cosmopolita Barcelona!

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Vila Viniteca: essa fachada simples e antiga não poderia ser mais enganadora... 

Fundada em Barcelona há mais de 80  anos (1932) e comandada pela terceira geração da mesma família, a Vila Viniteca está consolidada no mercado como uma das maiores distribuidoras de vinhos finos da Europa, atuando no segmentos de exportação, importação, atacado e varejo. 

Para nós, enófilos, o que realmente interessa é a oportunidade de encontrar milhares de rótulos de vinhos da Espanha (inclusive de safras antigas) e dos principais produtores da Europa e do resto do mundo. 

Prateleiras repletas de vinhos e mais vinhos...

Situada numa das muitas ruelas desencontradas da "Ciutat Vella" de Barcelona, no bairro El Born (Carrer de Agullers, 9), a loja reúne praticamente de tudo que possa interessar para enófilos em termos de vinhos, inclusive promovendo eventos anuais como a "Fiesta del Vi Novell" (final de novembro) que chegam a reunir mais de 3.000 pessoas por ocasião. 

Grandes vinhos de todo mundo podem ser achados por lá...

Expostos em longas e altas prateleiras no interior da loja, podemos encontrar os vinhos de consumo diário e aqueles mais chamativos aos olhos dos turistas como os ícones Vega Sicilia, Clos Erasmus ou Contador. Mas é logo ao lado, num imenso espaço climatizado protegido por uma discreta porta que realmente chegamos ao reino dos grandes vinhos disponíveis para venda no local.

Clássicos piemonteses de Roberto Voerzio de todos os tipos e safras...

A diversidade da loja é tão grande que a atitude mais sensata é fazer aquilo que fiz, solicitar um catálogo impresso aos vendedores e pesquisar calmamente aquilo que deseja (ou vai desejar...). Para quem busca algo realmente raro, sugiro fazer uma pesquisa prévia no site da Vila Vinitecae encomendar à loja antes de ir até lá. Isso se justifica porque muitos desses vinhos estão no depósito central e não na loja. Se você não pode esperar ou voltar ao local depois, trate de encomendar antes, sob pena de não conseguir comprar aquilo que procura. Palavra de quem não conseguiu...

Formatos especiais: garrafas Magnum, Double Magnum, Jeroboam ou ainda maiores também podem ser encontradas na Vila Viniteca

Apesar desses pequenos inconvenientes, tenho certeza de uma coisa: é praticamente impossível sair de lá sem comprar pelo menos uma garrafa! Mesmo que você não esteja disposto a continuar seu passeio carregando o peso de algumas garrafas, não se preocupe. A Vila Viniteca irá providenciar para que elas sejam entregues no seu hotel. Só me resta desejar: Boas Compras!

Bordeaux 2011: Robert Parker destaca dois vinhos de Saint-Émilion, um Margaux e um Pessac-Léognan como os melhores da safra!

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Parker fez novas avaliações dos Bordeaux 2011

Descrevendo a essa safra como "inconsistente e ligeiramente melhor" do que a prova feita nas barricas, Robert Parker garimpou bastante para selecionar os melhores vinhos deste vintage desafiador. Atingindo um escore de 96 pontos, as escolhas recaíram sobre dois vinhos de "boutique" de Saint-Émilion (Magrez Frombrauge e Clos de Sarpe), um 3eme de Margaux (Château Palmer) e o sempre consistente Château Pape Clement (Pessac-Léognan). Os maiores elogios foram para o Clos de Sarpe, considerado por ele o "blockbuster de 2011", o vinho mais concentrado e intenso da safra. 

Logo depois destes quatro vinhos aparecem outros três vinhos da margem direita: Pavie, Bellevue Mondotte e Ausone, todos com 95+ (originalmente o Ausone demonstrou potencial para ser o único a atingir 100 pontos). Na sequência, com 95 pontos, foram classificados Le Pin, Petrus, Cheval Blanc, Clinet, L'Eglise Clinet, Valandraud, Troplong Mondot e o Haut-Brion, único da margem esquerda, deixando clara a preferência de Parker para os vinhos onde a Merlot é predominante.

Entre os outros 1ers Grands Crus do Médoc, as melhores avaliações se destinaram ao Château Mouton-Rothschild com 92+ e Château Margaux, com 93 pontos. Os châteaux Lafite e Latour não foram reavaliados, indicando a possibilidade de que um resultado bastante fraco esteja destinado a eles.

Sommelier Profissional? Afinal de contas o quê é preciso para fazer jus a essa titulação?

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Não sou muito afeito a trazer polêmicas deste gênero para dentro do blog, mas dessa vez não pude resistir e me senti compelido a trazer à tona esse assunto... Que existem em nosso mercado/mídia de vinhos contém alguns "falsos profetas" e "especialistas" sem qualquer formação consistente ou experiência significativa nem é preciso dizer, mas encontrar alguns indivíduos que vão mais além e se auto-intitulam como "sommeliers profissionais", é duro de engolir e um claro desrespeito aos verdadeiros profissionais do ramo, pessoas que dedicaram muito tempo de estudo antes de merecer tal chancela.

Recentemente tomei um susto ao me deparar com um desses indivíduos ao navegar numa rede social de fotografias na internet. O pretenso "sommelier profissional" cita sua formação na WSET (Wine and Spirits Education Trust) para ostentar o "título" em seu currículo, "esquecendo" de mencionar que ele fez apenas o nível 1, um curso introdutório em vinhos de apenas 8 horas, ou seja apenas a pontinha do iceberg desse exigente curso que prepara os candidatos ao cobiçado título de Master of Wine

Considerando o que está descrito no escopo deste segmento da qualificação WSET (divido em 4 níveis) fica nítido que ele não é suficiente para designar ninguém como "sommelier", isso seria o equivalente a dizer que alguém pode ser chamado de médico após fazer apenas um semestre do longo curso de medicina: "Esse curso de vinho com duração de um dia fornece o conhecimento básico de vinhos e harmonização com comida. O nível 1 é uma qualificação de entrada, fornecendo uma introdução simples ao vinho. É ideal para aumentar a confiança de novos funcionários ou inexperientes na linha de frente de restaurantes, hotéis e varejo. É também um ótimo curso para aqueles que querem conhecer as principais variedades de uvas e como combinar alimentos e vinhos."

Além dos 4 níveis do WSET, um curso focado principalmente nos profissionais que desejam trabalhar no mercado de vinhos, os outros cursos profissionalizantes de reconhecida credibilidade para a formação de sommeliers são aqueles realizados por entidades como a ABS (Associação Brasileira de Sommeliers),  o SENAC e algumas universidades brasileiras que firmaram parcerias com instituições internacionais para formação desses profissionais.

Isso me faz lembrar do episódio do "brunellogate" que voltou à tona nesta semana na Itália, onde novos "brunellos" foram flagrados com adulterações em seu conteúdo. Espero não me deparar mais com esse tipo de "interpretação da realidade", elas acabam sendo descortinadas mais cedo ou mais tarde... 

Um brinde aos verdadeiros sommeliers!

A estrela da música Andrea Bocelli e outros produtores foram vítimas de falsificadores de vinho na Itália!

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O famoso cantor de ópera italiano Andrea Bocelli foi um dos produtores de vinho enganados por falsificadores na Itália. Ele e seu irmão Alberto possuem uma vinícola familiar nos arredores de Pisa, produzindo seis rótulos distintos, com destaque para o Alcide, Terre di Sandro e In Canto, baseados nas castas Sangiovese e Cabernet Sauvignon.


Os vinhos dos Bocelli estão entre as mais de 30 mil garrafas apreendidas pelas autoridades italianas (principalmente Chiantis e Brunellos) depois que consumidores experientes denunciaram a baixa qualidade dos vinhos. Vendidos por até 10 vezes o seu valor real, eles geram um prejuízo que pode ultrapassar os 30 milhões de euros. 

Mais um escândalo que vem abalar a credibilidade internacional dos vinhos italianos, sobretudo da Toscana. Lamentável!

A maior garrafa de vinho do mundo será "aberta" amanhã em Portugal!

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A "maior garrafa do mundo" está localizada em Vila Nova de Gaia, do outro lado do Douro, rio que a separa da cidade do Porto, finalmente será inaugurada! Com 32 metros de comprimento, 10 de largura e 27 toneladas de peso, a "maior garrafa do mundo" está instalada na Quinta da Boeira e se propõe a ser um monumento português ao vinho e à vinha, nas palavras de Albino Jorge, um dos mentores do projeto Portugal in a Bottle.

Construída sobre o gramado do jardim da quinta, essa garrafa gigante possui em seu interior uma sala de degustação de vinhos com capacidade para 60 pessoas, com imagens de um barco rabelo sobre o Douro simulando o piso e fotografias das margens das cidades do Porto e Gaia,  visando dar às pessoas a sensação de estar a bordo"dando a sensação de que se está a bordo desta embarcação típica da região, dentro do rio. Em seu interior também é possível "viajar" por quatro regiões vitivinícolas de Portugal (Douro, Alentejo, Dão e Minho) através de um filme em 3D.

Nos arredores da garrafa, nos jardins da Quinta da Boeira, estão espalhadas 60 lojas com produtos regionais e tradições culturais, tornando esse espaço num parque de promoção da cultura portuguesa, com seus vinhos, sua rica gastronomia, artesanato e dança.

As lojas estarão abertas ao público até o mês de setembro, de quinta a domingo, entre 15:00 e 22:00 horas, mas a garrafa em si poderá ser visitada todos os dias, das 10:00 às 22:00 horas.

O projeto cultural e turístico Portugal in a Bottle ainda contempla uma terceira fase, reabilitando a sede da propriedade (que remonta ao final do século XIX) para criar um centro de negócios e a construção de um hotel com 102 quartos.



Revendo conceitos: Pesquisador de Oxford afirma que teoria dos 5 gostos está ultrapassada!

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A noção de que nós, seres humanos, só podemos detectar cinco gostos básicos está ultrapassada e precisa ser revista, de acordo com a análise de Charles Spence, professor de psicologia experimental da Universidade de Oxford.

Atualmente as pessoas aceitam que só conseguem identificar os cinco sabores básicos: doce, azedo, salgado, amargo e umami, mas os cientistas descobriram que há mais de 20 sabores diferentes, incluindo a gordura, o metálico, o cálcio e a adstringência entre outros.

Segundo Spence "Nós vivemos em mundos diferentes em termos de sabor e alguns super-degustadores podem ter até 16 vezes mais papilas gustativas na língua que pessoas comuns. Isso significa que eles podem ter uma aversão ao amargor devido justamente à sua hipersensibilidade ao gosto. É por isso que elas não gostam de coisas como grapefruit, café, couve ou o vinho tinto (em decorrência dos taninos).

O professor já trabalhou em experiências gustativas com Heston Blumenthal (The Fat Duck) e atualmente está envolvido num projeto com o chef Ferran Adrià (El Bulli) em seu instituto de pesquisa, perto de Barcelona.

Ele está trabalhando com alguns chefs sobre o impacto que a atmosfera do restaurante tem sobre a experiência de uma refeição em geral. A iluminação, a música, a cor e até a textura dos talheres podem ter um impacto individual sobre a percepção do gosto.

"Os seres humanos são influenciados por aquilo que vêem, embora os super-degustadores sejam menos influenciados pelo ambiente que os provadores comuns. Estamos preparados para pensar em alimentos vermelhos como mais doces e mais maduros e os alimentos verdes como mais azedos e pouco maduros, como nas frutas que mudam de verde para vermelho à medida que amadurecem. Em um centésimo de segundo, já tomamos decisões sobre como vamos perceber algo, dependendo apenas de como ela nos parece", disse Spence."

"Nós estamos programados para rejeitar amargor porque muitos alimentos amargos são venenosos, por isso é perigoso para a nossa sobrevivência comê-los. Por outro lado, o leite materno é doce, então nós viemos ao mundo com um gosto preferencial por sabores doces", acrescentou.

Fonte: The Drinks Business

Enoturismo: Bodegas Torres, aqui nasce o Mas La Plana, o grande Cabernet Sauvignon da Espanha!

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Sede da Bodegas Torres em Vilafranca del Penedès

Por trás desta discreta fachada se esconde um dos maiores conglomerados vinícolas da Espanha, a Bodegas Torres, uma companhia familiar fundada na segunda metade do século XIX (1870) e que atualmente conta com vinhedos espalhados pelas principais regiões vinícolas do país e alguns outros no exterior (Chile e EUA).

Vinhas do mítico Mas La Plana

Localizada a menos de uma hora de carro (ou trem) de Barcelona, a sede da Torres possui um centro de visitação turística aberto diariamente (é necessário fazer a reserva prévia no site) e pronto para surpreender seus visitantes com rica experiência através de suas instalações e vinhas, com destaque para o vinhedo que produz o vinho que trouxe o maior reconhecimento internacional para a vinícola: o Mas La Plana. 

Trem sobre rodas percorrendo o interior das caves da Torres

Depois de um breve vídeo narrando a longa trajetória da Torres desde a sua fundação, o visitante embarca numa espécie de trem sobre rodas desenvolvido especialmente para fazer um percurso cheio de surpresas. Ele nos leva para um passeio pelas vinhas ao redor do edifício principal e segue em direção a seu subterrâneo, onde mesmo na absoluta escuridão vão sendo revelados através de um sistema multimídia de luzes e sons, os tesouros vínicos guardados em seu interior. 

Dezenas de castas diferentes são testadas pela Torres
Assim como diversos tipos de sistemas de condução de videiras

Os vinhedos são outro espetáculo à parte, além de poder ver de perto as vinhas utilizadas na elaboração do Mas La Plana, podemos conhecer também um grande número de castas e sistemas de condução de videiras que são avaliados pela vinícola em um pequeno vinhedo cercado, uma verdadeira aula prática de ampelografia e métodos de plantio vitícola.

Das tradicionais roseiras para alertar a chegada de pragas...
Aos feromônios artificiais para afastá-las...

Outros aspecto interessante a ser observado nesses vinhedos é a mescla de métodos ancestrais e modernos para o controle de pragas. De um lado, as coloridas roseiras servem de alerta para o surgimento de pragas nas vinhas, de outro, um sofisticado sistema de pequenas placas recheadas com feromônios para causar "confusão sexual" nos insetos que costumam atacar as vinhas. 

Por essas muitas razões descritas acima, a Torres foi agraciada pela Drinks Internacional com o prêmio de "experiência mais inovadora em enoturismo" no ano de 2013. 

O premiado Mas La Plana "Gran Coronas" Reserva 1970

Voltando ao título do post, apesar dos inúmeros rótulos dotados de grande qualidade, o Mas La Plana continua a ser o mais lendário e reconhecido vinho da Torres. Curiosamente, ele não é elaborado com a tradicional casta espanhola Tempranillo, mas com a internacionalíssima Cabernet Sauvignon. 

Produzido pela primeira vez em 1970 a partir das vinhas da Finca de Mas La Plana (que hoje lhe empresta o nome) localizada em Pacs del Penedès, o Mas La Plana foi originalmente lançado com o rótulo "Gran Coronas". Nos primeiros anos de produção ele ainda utilizava pequenas partes de outras castas em sua elaboração, mas evoluiu para um vinho 100% CS ao longo do tempo. 

Em sua primeira safra (1970) o Mas La Plana utilizou um blend de 70% CS, 20% Tempranillo e 10% Monastrell que amadureceu por 24 meses em carvalho americano e francês. Em 1979, durante uma grande prova às cegas em Paris, esse vinho chamou a atenção do mercado internacional destacando à frente de outros grandes tintos de Bordeaux, incluindo o 1er Cru Classé do Médoc, Château Latour. Desde então, o Mas La Plana veio consolidando-se como o grande CS da Espanha, sendo produzido apenas em safras que possam garantir seu elevado patamar de qualidade. 

Fica a recomendação, estando de passagem por Barcelona, reserve um período do dia para visitar essa bela vinícola e provar alguns de seus ótimos vinhos, especialmente o excelente Mas La Plana.

Taylor’s lança Tawny Single Harvest de mais de 150 anos de idade!

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A Taylor's está entre as casas produtoras de vinho do Porto mais antigas da região, cuja fundação remonta ao final do século XVII (1692), e de maior prestígio até os dias de hoje pela qualidade de seus Vintages e Tawnies envelhecidos em casco.

Para atender a crescente demanda por vinhos especiais e muito antigos que só casas como a Taylor's podem fornecer, ela decidiu lançar um pequeno lote (equivalente a duas pipas) do Single Harvest da fabulosa colheita de 1863, uma das melhores do século XIX e a última grande safra de Porto Vintage antes que a filoxera contaminasse toda a região do Douro. 

Depois de repousar em cascos de carvalho por mais de 150 anos, o Single Harvest 1863 da Taylor's alcançou um nível excepcional de densidade e complexidade aliada a uma vitalidade e frescor absolutamente notáveis para um vinho desta idade.  

A apresentação do Taylor’s Single Harvest 1863 tem um design exclusivo: vem num decantador de cristal especialmente produzido em Itália, com uma tampa de vidro gravada e polida à mão na Escócia. O decantador vem acondicionado numa luxuosa caixa de madeira de plátano, na qual está contido um certificado, que é individualmente assinado pelo diretor geral da Taylor’s, Adrian Bridge.

As notas de prova divulgadas pela Taylor's o qualificam como um porto de cor mogno profundo com um fino halo âmbar-azeitona. Nariz com uma sucessão de aromas sutis de especiarias que evidenciam-se diante de um denso fundo de melaço. Notas de carvalho e baunilha dão lugar a notas de noz-moscada, pimenta preta e gengibre, gradualmente evoluindo para aromas de típicos do envelhecimento como nozes, caramelo, café e figo. Na boca, exibe perfeito equilíbrio entre doçura e acidez, além de ter sua aguardente maravilhosamente bem integrada. Finalmente o vinho liberta-se numa explosão de sabores e viva acidez que lhe conferem um final interminável. Um vinho com uma extraordinária profundidade e estrutura que continua a surpreender pelas inúmeras camadas e dimensão aromática.

Os melhores vinhos da Argentina segundo o novo crítico da Wine Advocate, Luís Gutierrez!

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Designado pela Wine Advocate para ser o responsável pela avaliação dos vinhos da Argentina (e também do Chile), o espanhol Luís Gutierrez lançou recentemente sua primeira lista com os melhores vinhos degustados no país. Segundo ele, vinhos que se destacaram dentro do momento de transição que vivem os vinhos argentinos, um momento que ele batizou de "Argentina 3.0".

De maneira geral, Gutierrez selecionou vinhos de caráter mais fresco e fáceis de beber, com mais equilíbrio, elegância e distinção, sem excessos de madeira nova e elevado teor de álcool. Ele deu destaque para as bodegas e enólogos que enfatizaram sua busca pelo melhor terroir e que conferiram uma maior identidade a seus vinhos. 

O grande destaque da lista, único a alcançar os 97 pontos, foi o Aleanna Gran Enemigo Gualtallary Single Vineyard 2010, um projeto pessoal de Alejandro Vigil (enólogo da Catena Zapata) e que foi capaz de transmitir as melhores virtudes do terroir de Gualtallary. 

Veja acima a lista dos melhores vinhos da Argentina na avaliação de Gutierrez, classificados entre 93 e 97 pontos, e comprove o surgimento de algumas novas estrelas no cenário vinícola do país.

Fonte: Area del Vino

Vinho x Cerveja: afinal de contas, quantas calorias cada uma delas possui?

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Vinho x Cerveja: Tabela de Calorias

Com a proximidade do inverno e às vésperas do início da Copa do Mundo, o consumo destas duas bebidas deve se elevar bastante aqui no Brasil (e no resto do mundo), sendo muito válido conhecer a relação calórica entre elas, aliás, essa uma pergunta que frequentemente as pessoas me fazem por aí.

Simplificando os números da relação entre essas bebidas, bastaria padronizar o volume de álcool do vinho em 12,5% e o da cerveja em 5%, para termos uma relação de 2,5 vezes mais calorias no vinho do que na cerveja. Porém, as coisas não costumam são tão simples assim, já que o volume de cerveja consumida por uma pessoa habitualmente é bem superior ao de vinho num período de tempo equivalente. Complicado fazer essas contas? Nem tanto...

Com o auxílio do gráfico acima, desenvolvido pelo excelente site Wine Folly, você poderá estimar com boa dose de precisão o seu consumo calórico, seja de vinho ou de cerveja, e estabelecer os seus próprios limites. Mas lembre-se, independente do consumo de calorias, o mais sensato e saudável é beber com moderação, afinal de contas o excesso de álcool é mais prejudicial ao seu organismo que um eventual excesso de calorias.

Curta o friozinho do inverno e a festa da Copa do Mundo com sabedoria, sem engordar e sem ressaca! Só se o Brasil perder, é claro....

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